sexta-feira, 15 de outubro de 2010

tudo ao mesmo tempo agora


Muita gente tem me perguntado pelo projeto do Marc Ferrez (O olhar no tempo: encontros e trânsitos), e alguns me pedem para mandar a localização das fotos. Então aí vai. Essas imagens são as primeiras a sair do forno e não resumem o resultado final, que será exposto em dezembro com acréscimo de uma documentação "alternativa" e de algumas palavrinhas sobre o conceito da coisa.

Trata-se de um trabalho sobre o tempo e a fotografia, com fotos antigas da minha família, feitas pelo meu bisavô e meu avô. As fotos coladas nas paredes estão sendo documentadas por mim digitalmente e por Rinaldo Morelli (documentação com câmeras antigas) e José Rosa (documentação com pinhole).

Agradecimentos especiais ao meu produtor muito especial, Aloísio, e às minhas filhinhas, que também estão ajudando. =)


Na saída da Rodoviária, caminho para o Museu da República.


415 norte (esta foto já foi retirada, porque foi atacada por propaganda política de um mané).


Saída do Conic para a Rodoviária (por baixo, na lateral do prédio).


Sinal em frente à Rodoviária, no lado sul, perto do Conic.


Conic, atrás da faculdade Dulcina.


Conic, restaurante redondo perto da faculdade Dulcina.


Rodoviária, junto à saída dos ônibus, no lado voltado pra Torre de TV.


Muro do Posto Gasol na 403 sul.


Rodoviária, ponto de ônibus virado para o eixo norte.

Sobre o projeto:

Objetivos

Abordar questões relativas à percepção do homem sobre a linearidade e a não linearidade do tempo, utilizando a fotografia como ferramenta e objeto de reflexão simultaneamente. Explorar, assim, a noção base de que a fotografia é uma janela aberta no muro da percepção espaço-temporal e de que esta pesquisa potencializa a produção do conhecimento ao articular ação e pensamento, trânsito e contemplação, indivíduo e coletividade.

Atividades

• Ampliação de dez fotografias dos anos 1920 e 30 em grande formato.

• Inserção dessas imagens em espaços públicos (colagem em paredes).

• Documentação fotográfica digital do resultado.

• Documentação alternativa do resultado com: câmeras fotográficas dos anos 30 e 50 (formato 6x9 e 4x5, respectivamente); pin hole; polaroid; daguerreotipia.

• Making off da colagem e da documentação alternativa.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ESTE BLOG ESTÁ DE FÉRIAS...


...por absoluta incapacidade da autora fazer 301 coisas ao mesmo tempo. Eu estava fazendo 300, tudo bem, mas agora surgiu mais uma atividade fotográfica, a realização do projeto premiado no Marc Ferrez (é para dezembro, aguardem!). Nas nove postagens abaixo, deixo para vocês uma seleção de fotos e os respectivos links para os marcadores de cada série, naquele espírito de "vale a pena ver de novo". E aproveito para deixar um beijo grande para a minha meia dúzia de visitantes fiéis, todos muito queridos.


a cidade







Veja todas as fotos com o marcador "a cidade" aqui.

banquinhos







Veja mais banquinhos aqui.

abecedário de brasília







Veja mais letrinhas do abecedário aqui.

arte na rua







Veja mais arte na rua aqui.

detalhes







Veja outros detalhes aqui.

fuscas






Veja os fuscas e outros carros fofinhos aqui.

paredes







Veja todas as imagens com marcador "paredes" aqui.

auto-retratos







Veja todos os auto-retratos aqui.

preto e branco

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Veja todas as imagens PB aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

mais leminski

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tenho andado fraco

levanto a mão
é uma mão de macaco

tenho andado só
lembrando que sou pó

tenho andado tanto
diabo querendo ser santo

tenho andado cheio
o copo pelo meio

tenho andado sem pai

yo no creo en caminos
pero que los hay
los hay



uma foto da luísa e um poema de leminski



a árvore é um poema
não está ali
para que valha a pena

está lá
ao vento porque trema
ao sol porque crema
à lua porque diadema

está apenas




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

é preciso quebrá-las



No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha

Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las

Ferreira Gullar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

galeria nova na cidade

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Parabéns pela iniciativa, Cerino!
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O artista plástico André Cerino inaugura nesta sexta (10/09), às 19h, a Artefix Galeria, espaço para exposições de artes plásticas, fotografia, quadrinhos, ilustrações, cartuns e artes gráficas, e para cursos, oficinas e palestras sobre artes e cultura de um modo geral, saraus, lançamento de livros, pequena biblioteca de autores de Brasília e estante comercial da LGE Editora, além do ateliê do pintor.

O espaço será inaugurado com exposição das duas últimas fases de Cerino, em acrílica –- Cidades (acima) e Cores do Cerrado. A galeria fica no Centro Empresarial Barão do Rio Branco, Setor de Indústrias Gráficas (SIG), quadra I, lote 495, sala 309, telefones (61) 3344-0330 e 8437-8315.

a brasília de alexandre militão

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A Brasília dele é um show de cores...
Veja mais trabalhos do fotógrafo Alexandre Militão aqui.
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a cidade e as árvores

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Também fazem parte da beleza da seca essas árvores quase sem folhas.
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